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A minha carreira como jogador de futebol

por Samuel Garcia Portugal, em 23.02.16

Acho que nunca sonhei de verdade em ser jogador de futebol. Talvez porque sempre soube que não tinha o que era necessário para isso. Não quero com isto dizer que a ideia nunca me atravessou a cabeça, mas na verdade sou apenas alguém que sempre gostou muito do jogo, quer da ótica do adepto, quer da ótica do atleta.

Como é normal com a maioria dos rapazes em Portugal (penso que ainda é uma maioria), durante a escola primária sempre que não chovia e podíamos vir cá para fora no recreio, jogávamos futebol. O facto de não ser particularmente bom nisso nunca me impediu de jogar, ou de participar, vá, nos jogos que se faziam.

E destes jogos tenho duas recordações que ilustram perfeitamente a inexistência da tal carreira futebolística que falo. Não pelo conteúdo dessas recordações, mas por aquilo que essas recordações são. Confusos? Deixem-me explicar.

As duas recordações bem vívidas que tenho dos jogos que fazíamos na escola primária são os dois únicos golos que marquei durante os quatro anos que lá estive. Imaginem quantos dias de escola são quatro anos, quantos jogos de futebol se fizeram e quantas centenas ou milhares de golos foram marcados. E eu marquei dois deles... E consigo lembrar-me dos dois...

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Posso dizer que os anos seguintes foram menos maus. Melhorei como jogador e diverti-me mais nos jogos em que participei e hoje em dia sempre que tenho a oportunidade de jogar divirto-me sempre e saio muitas vezes satisfeito com o que faço.

Por isso vos digo que se algo vos faz feliz, não desistam logo só porque não são particularmente bons nisso. Se gostam de cozinhar, podem não vir a ter estrelas Michelin, mas certamente que conseguirão pelo menos mexer uns ovos ou fritar um bife. Se gostam de pintar, podem não vir a ser o próximo Picasso, mas podem sempre aprender algumas técnicas ou dedicar-se à arte abstrata. Há sempre uma maneira de tirar prazer daquilo que vos faz sentir bem, mesmo que não sejam particularmente bons nisso. Às vezes não é preciso muito esforço, outras vezes é preciso um pouco mais, mas vai sempre valer a pena.

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