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Depois de ums posts mais lights, voltamos às histórias de... "amor"
Lembram-se da Isabel?
A Isabel foi aquela rapariga que conheci no aniversário de uma colega minha, quando fomos ao cinema. Eu tinha 15 anos, ela tinha 12.
Como contei na altura criou-se logo uma empatia muito grande entre nós os dois e, depois de termos conseguido os números de telemóvel um do outro, passávamos a vida a mandar mensagens um para o outro. Falávamos um sobre o outro, aproveitámos para nos conhecer um pouco melhor, da maneira que dava para ir conhecendo.
A internet ainda não era tão facilmente acessível nem tão usado como meio de comunicação entre jovens, por isso as mensagens eram o método de mais fácil.
Muitas vezes nas nossas mensagens falávamos sobre estarmos juntos, quando isso poderia acontecer, o que iríamos fazer, como iríamos reagir... Havia toda uma fantasia em redor desse momento. Eu continuava bastante ingénuo no que diz respeito a "relacionamentos". Não sabia bem o que esperar.
Certo dia estava em casa, lembro-me que estava a ajudar o meu pai a fazer uma coisa no computador, e não tinha propriamente muito tempo livre para andar a trocar mensagens, especialmente com o meu pai ao lado. Mas para ela arranjava sempre maneira. Até que, no meio da nossa conversa, ela manda a seguinte mensagem:
Posso fazer uma pergunta?
Esta é aquela frase que sabemos que trás água no bico. Alguma coisa de bom não vem aí... Imensos pensamentos inundaram-me a cabeça mas não conseguia encontrar algo que pudesse fazer sentido. Como é natural respondi-lhe:
Claro que podes! O que queres saber?
Nada me preparava para a resposta dela. E quase me caiu tudo quando abri a mensagem seguinte:
Tu masturbas-te?
Eu o que? Mas espera, quantos anos tem ela? 12? Eu acho que quando tinha a idade dela nem sequer sabia o significado dessa palavra em específico. Fiquei em choque, nem sabia bem o que responder, mil sensações e pensamentos me vieram à cabeça. Aquela rapariga estava muito mais "à frente" que eu e era bem mais nova. Só me ocorreu responder.
Sim. Tu também o fazes?
Fiquei na expectativa. Com o coração a mil e a ter de ficar ali a ajudar o meu pai... Escapava-me quando podia, mas não estava totalmente livre... Enquanto a minha cabeça continuava sem parar ela respondeu-me.
Eu também! Vamos trocar mensagens para nos excitarmos um ao outro?
Mais um choque! Tu queres fazer o que? Tudo aquilo para mim era território novo. Ela acabava de abrir novos caminhos para eu explorar na minha sexualidade. E naquele momento o meu pai tinha-me chamado, estava quase impossível fazer aquilo. Fui tentando mandar mensagens quando podia... Estava a descobrir o que era o sexting sem sequer conhecer essa palavra. "Anda lá pai, despacha-te que eu tenho aqui umas mensagens para trocar", pensava eu. Aquilo parecia uma eternidade, mas eu tentava manter a conversa a rolar. Eis que fiquei livre e disse:
Pronto, agora já estou mais disponível...
Naquela altura o meu coração já palpitava ansiosamente pela resposta... Queria por todos os meios dar continuidade aquela experiência. Ela respondeu:
Demoraste muito. Agora já tratei do assunto. Mas podemos continuar a falar.
Eu não sabia bem o que pensar. Um novo mundo de curiosidade tinha sido aberto na minha mente. Naquela idade já sabia relativamente bem o que queria, já sabia bem o que sentia. Já sabia perceber o que me excitava numa rapariga, já tinha fantasias sobre o que podia fazer com elas... Nunca tinha pensado na sexualidade da perspectiva de uma rapariga. Um mundo novo se tinha aberto para mim, milhares de perguntas flutuavam na minha mente.
Nas semanas seguintes as nossas conversas giraram em torno daquele tema. Eu só queria ter oportunidade de fazer aquilo outra vez, sem interrupções, explorar aquele mundo novo.
As conversas foram evoluindo. Em algum tempo passamos das mensagens aos telefonemas. Ela telefonava-me para casa, quando eu estava sozinho, e fazíamos a mesma coisa mas por telefone. Alguém que era significativamente mais nova que eu (tendo em conta a idade que tínhamos) estava a mostrar-me coisas que eu não conhecia, que nunca tinha sequer ouvido falar.
Ao longo do tempo ela nunca deixou de me surpreender e houveram mais algumas mensagens dela que me continuaram a deixar sem reação, nomeadamente:
Quero-te fazer um broche!
Como? Mas as raparigas agora é que tomam todo este tipo de iniciativa? Será que sou eu que me dou com as raparigas erradas? - Isto era tudo o que eu conseguia pensar naquelas alturas.
Em relação a esta última mensagem, ela depois explicou-me o motivo de tal vontade durante uma das nossas conversas telefónicas. Nada que me deixasse menos escandalizado mas, segundo ela, e aí não por estas palavras porque ao telefone a vergonha era outra, explicou que já lhe tinham feito um minete (sim, leram bem...) e ela tinha ficado com vontade de experimentar o inverso, de retribuir... Volta e meia ela mandava-me essa mesma mensagem, não necessariamente com as mesmas palavras, mas com o mesmo sentido.
A nossa história continuou por mais alguns anos, com altos e baixos, e com mais alguns momentos que valem a pena serem contados mais tarde...
Aviso Prévio - Este post provavelmente vai ser bastante longo, mas eu acredito que vale a pena, especialmente para os interessados em seguir o blog.
Este foi um acontecimento que mudou a minha vida. Tão curto temporalmente, mas tão intenso. Foi um acontecimento daqueles que marca um "antes" e um "depois" na vida das pessoas.
Tinha 15 anos e tive a oportunidade de ir com um grupo (recreativo), ao Brasil, por um período de cerca de três semanas. Uma espécie de intercâmbio.
Tudo em mim queria aproveitar aquela experiência tanto quanto possível. Conhecer, viver, absorver tudo quanto pudesse. Era a minha primeira grande viagem para fora do país. Contava os dias para poder ir.
Na altura que fui de viagem, encontrava-me a... "namorar" com uma rapariga chamada Soraia. Uma história complicada que contarei noutro post, para encaixar nesta. Mas digamos que, de todas as relações a que chamei "namoro" aquela foi o que menos se assemelhou a isso. De qualquer maneira é relevante a informação.
Eu era dos mais novos do grupo. Apesar de ter bastante gente jovem, a maioria tinha idades entre os 16 e os 20 anos. Para os rapazes, estava a ser uma excitação pensar nas raparigas brasileiras, que tinham toda a fama que muita gente conhece de serem fáceis, ainda para mais com portugueses... É uma ideia que não se aplica a todas, mas posso dizer que há muitas que se encaixam nos dois estereótipos: tanto as que são efetivamente fáceis, como as que se deixam facilmente levar por um "portuga" tentando conseguir uma vida melhor na Europa do que no Brasil.
Contrariamente a tudo o que se podia esperar de mim, estava completamente alheado dessas situações. Não pensava minimamente nisso. Pela excitação da viagem em si, porque tinha tantas outras coisas para descobrir... e talvez porque, apesar de ser pinga-amor, sempre pensava nas relações a longo prazo, por mais curtas que algumas pudessem ter acontecido na minha vida. Eu era jovem e bastante imaturo, mas tinha algumas ideias bem formadas na minha cabeça.
Chegamos a uma quarta-feira e íamos ficar num grupo idêntico ao nosso que nos recebeu por lá. Algumas pessoas vieram receber-nos ao aeroporto. No caso, vieram umas três raparigas desse grupo brasileiro. O alvoroço entre os rapazes foi logo grande, mas eu praticamente nem me lembro de as ter conhecido.
Era uma loucura. Foi no fim de março, estava a começar o outono no Brasil. Estava quente, uns 30ºC... começou a chover. Fomos para o terraço da associação onde íamos ficar hospedados e tomámos banho de chuva. Isto só para dar uma ideia do clima de diversão que por ali havia.
Depois... Eu nem sei bem como as coisas se passaram. Lembro-me de alguns momentos chave. Estávamos sentados rapazes e raparigas, em cima do palco dessa associação a conversar. A trocar ideias, experiências, como eram as coisas lá e cá. E houve uma rapariga que me chamou à atenção, a Maria. Houve uma qualquer tema em que todos deram a sua opinião, e a nossa era absolutamente coincidente. Não saberíamos completar melhor as frases um do outro. Acho que foi aí que as coisas começaram. Pelo menos para mim. E depois fomo-nos descobrindo. Ela era 4 dias mais nova que eu. Tudo era um motivo para me sentir mais e mais atraído... E não havia nada de "físico" naquilo. Apesar de ela ser bonita, não era isso que me chamava. Cada vez mais as conversas faziam sentido, cada vez mais tinha vontade de estar com ela, falar com ela... E chegámos a sexta-feira.
Sim, foram três dias, se calhar nem isso, mas estávamos num ambiente muito fechado. Eu costumava comparar muito aquilo com o Big Brother, pelo menos com o primeiro BB português que foi o que eu vi, e que provavelmente foi o mais genuíno deles todos. Num ambiente assim, em que as pessoas estão 24h sobre 24h umas com as outras, as coisas acontecem de uma maneira diferente, com uma intensidade diferente. Especialmente sabendo que aquilo tem um prazo de fim.
Nós estávamos no Rio de Janeiro, e nessa sexta-feira à noite iríamos viajar para São Paulo, de onde só voltaríamos no domingo. Como falávamos sobre situações amorosas, com toda a gente, ou quando estávamos só os dois, lembro-me que tínhamos falado sobre quem deveria dar o primeiro passo: rapazes ou raparigas. Ou se as raparigas deveriam dar o primeiro passo, no caso de o rapaz não dar. Lembro-me de ela ter dito qualquer coisa como "Acho que os rapazes devem dar o primeiro passo e tento esperar, mas se ele não der, eu serei capaz de dar". Mas eu não quis deixar aquela oportunidade passar e antes de irmos, disse-lhe como me sentia. E foi recíproco.
Foi um fim de semana... "doloroso", onde nem consegui aproveitar bem tudo como queria, tal era a vontade de voltar a estar com ela, de falar com ela. Não precisava de mais. A maioria do pessoal do grupo já se tinha apercebido que havia qualquer coisa e não me deixavam em paz: "estás com saudades dela, não é?" - diziam eles.
Voltamos no domingo, mas apenas na segunda-feira tive oportunidade de voltar a estar com ela. Tanta emoção, tanta coisa para dizer... Ela não queria que aquilo fosse demasiado público por causa dos pais dela, e eu compreendi. Estar numa... relação que tem um prazo de validade (não que todas não tenham, mas o daquela era incrivelmente curto), com alguém que ela tinha conhecido há 5 dias...
Nesse dia (creio que foi nessa segunda-feira) fomos com algumas pessoas ao shopping que havia perto de onde estávamos.
Fomos com mais algumas pessoas, mas rapidamente nos separarmos. Por um lado porque as outras pessoas tinham coisas específicas para comprar, por outro para estarmos mais à vontade. Andámos um bocadinho e ela diz para irmos para o piso de cima. Pareceu-me uma cena estranha, "mas isso não é o parque de estacionamento?" - disse eu. "Não, não te preocupes" - respondeu ela.
Que ingénuo este rapaz. Era mesmo o verdadeiro totó.
Mal chegamos, percebi que era o parque de estacionamento, mas não percebi logo o que se passava, até que ela me puxou para perto de uma parede e nos beijámos.
Tudo parou.
Nunca tinha sentido nada assim. Ficamos lá cerca de 30, 45 minutos talvez, e depois voltamos para a associação.
Todo eu era um misto de emoções. Todo o tempo foi pouco para estar com ela. Não tinha telemóveis ainda, não sabia os dias em que ela poderia vir e estar connosco (comigo, vá) ou não. Muitas vezes nem ela sabia. Passei a maioria dos dias sempre à espera que ela aparecesse. Nuns tive sorte, noutros nem tanto.
Na altura em que lhe contei como me sentia por ela, ela perguntou-me se eu tinha alguém em Portugal. Eu, com medo de não ter a oportunidade de viver aquilo, disse que não. Mais tarde não fui capaz de lhe esconder a verdade e contei-lhe o que se passava. Foi um momento mais difícil na nossa curta relação, mas que ela soube compreender. Afinal, o que é uma relação começada por SMS e onde nem se esteve com a pessoa depois de ela começar? (Sim, foi assim com a Soraia, mas como disse, depois conto o resto.)
Houveram dias realmente muito bons. Eu sentia-me bem e nem queria pensar na possibilidade de ir embora. O fim da viagem foi-se aproximando rapidamente. Houve uma festa, meio que de despedida. Lembro-me de termos chorado. Lembro-me de ter chorado quando disse adeus, de dentro do autocarro que partia para o aeroporto.
Lembro-me de ter chorado ao ler a carta que ela pediu para alguém me entregar no avião.
Lembro-me de ter chorado muitas vezes em casa depois de ter chegado.
Lembro-me de, durante algum tempo ter tido a esperança que ela viesse viver para Portugal (estava dentro dos possíveis planos dela).
Lembro-me também de, às vezes esperar encontrá-la numa qualquer esquina, e descobrir que ela estava a viver cá.
Mantivemos o contacto. No início por carta e e-mail, depois mais por e-mail e outros meios eletrónicos. Umas vezes mais frequentemente, noutras mais espaçadamente.
A paixão foi, ficou a recordação com extremo carinho daquelas três semanas. Passaram-se 14 anos desde que isso aconteceu, por volta desta altura. Somos pessoas completamente diferentes, a vida moldou-nos de maneiras diferentes. Mas nada poderá apagar aquela história.
Esta é uma história mais curta, pelo menos em termos temporais. Tudo se passou no mesmo dia e a rapariga em questão nunca mais voltou a fazer parte de nenhuma história digna de contar aqui no blog.
Estávamos no 8º ou no 9º ano, não sei precisar. Eu era bom aluno, sempre fui relativamente bom aluno, especialmente a Matemática. Nesses dois anos tivemos professoras estagiárias, que eram bastante porreiras.
Eu, como facilmente apanhava a matéria, tinha a tendência a desconcentrar-me mais facilmente e, consequentemente, a desconcentrar os colegas que estavam mais perto de mim. Essas duas professoras, cada uma no seu ano, tentaram algumas estratégias para me manter ocupado durante as aulas e não distrair os meus colegas. Uma das estratégias era dar-me exercícios de lógica ou de matemática um pouco mais avançada. A outra era juntar-me com mais três colegas para os ajudar com a matéria, explicando eu, em vez de ser a professora a explicar-lhes.
Nesse grupo de quatro estava a Carolina. A Carolina era uma rapariga bonita, que tinha um bom corpo, não era extremamente alta mas tinha uma altura interessante para a idade, e tinha um par de mamas já bastante desenvolvido. (Já vos disse noutro post que sou um bocadinho atraído por mamas, não já? :D ).
A Carolina nunca fez parte do rol de raparigas por quem tive paixões, fraquinhos ou afins, mas nunca deixei de apreciar as suas "boas formas".
Certo dia, tivemos teste de Matemática, e a Carolina não era particularmente boa a Matemática, como não era nenhum dos outros dois colegas que estavam comigo nesse grupo de quatro. Eu era sempre um bocado incomodado pelos outros colegas nos testes para deixar copiar ou para dar as respostas, e eu nunca gostei disso: tanto pelo risco de ser apanhado, como pelo facto de me desconcentrarem. Os meus colegas sabiam disso mas insistiam na mesma. Mas naquele dia houve uma abordagem diferente: a Carolina naquele dia veio pedir-me muito para a deixar copiar, para a ajudar no teste, etc.. Eu como de costume, estava relutante em aceitar, mas eis que ela faz a seguinte proposta: "Se me deixares copiar no teste, eu deixo-te apalpar-me as mamas."
...
Fiquei sem reação por umas frações de segundo mas, tentado por aquela proposta, disse qualquer coisa como: "Logo vejo no que posso ajudar.". Naquela altura os rapazes apalparem as mamas às raparigas, com consentimento ou sem, era algo que estava "na moda" na nossa turma pelo menos. A Carolina era uma das raparigas que nem consentia, nem se deixava apanhar desprevenida, pelo que a proposta se tornava ainda mais tentadora.
Como o teste foi relativamente fácil para mim e o acabei cedo, acabei por conseguir ajudá-la com algumas respostas.
No fim do teste lá fui eu ter com a Carolina para "reclamar" a minha recompensa. Ela fez-se um pouco difícil no início, desmentindo a proposta que tinha feito, mas lá acabou por ceder. Fomos para um canto mais escondido no pavilhão, numa zona perto de onde ficavam os cacifos e onde a visibilidade do resto do pavilhão era mais reduzida. Ela ficou de costas para a parede, eu fiquei à frente dela, bastante próximo mas sem me encostar... A Carolina tinha namorado, mais velho que nós (não tinha contado essa parte pois não? :P ), e esse pensamento começou a vir-me à cabeça, junto com medo e junto com os sentimentos de culpa pelo que estava a fazer... e acabei por dizer para ela ir embora.
Hoje em dia não sei o que pesou mais para não ter conseguido aproveitar a oportunidade, mas não me arrependo. Pelo menos fiquei com uma história engraçada para me recordar.
No 8º ano eu mudei de turma logo no início do ano porque a composição da minha primeira turma não agradou aos meus pais (tinha muitos repetentes e muita gente velha demais para estar no 8º ano).
Conhecia um pouco algumas das pessoas da turma para onde fui, em especial uma rapariga, a Laura, que sempre tinha mexido comigo quando falava com ela por algum motivo. Essa mudança de turma fez com que tivesse mais contacto com ela e assim passamos a conversar mais e, como também fazíamos parte do caminho para casa juntos, fomos ganhando uma certa afinidade.
Não me lembro de todos os pormenores de como as coisas correram, e certamente que não me lembrarei de todos os pormenores de outras histórias, mas lembro-me que nesta em particular acabei por pedi-la em namoro.
O namoro, ou "namoro", era uma coisa natural, pelo menos no meio onde estava ou tendo em consideração as pessoas com quem me dava e a idade que tinha (cerca de 13 anos). Não havia muito o hábito de se curtir só "porque sim" e portanto o namoro era o passo normal para quem queria mais alguma coisa. No meu caso, e até ser relativamente mais velho, não me passou pela cabeça estar com uma rapariga só para poder curtir com ela, apesar de nessa altura esperar ansiosamente pela experiência do primeiro beijo.
Ela aceitou o meu pedido de namoro mas não queria que ninguém soubesse, sobretudo porque podia chegar aos ouvidos da mãe. Acho que nunca percebi os motivos concretos, mas estes teriam a ver com histórias do "passado" dela.
Eu sabia também que não seria o primeiro beijo dela, mas também por isso calculei que esse passo chegasse rapidamente para nós.
Lembro-me que combinámos as coisas para um dia e hora específicos. À hora de almoço (depois de almoçarmos), numa quarta-feira. Lembro-me que era quarta-feira por algum motivo, talvez porque o horário tivesse uma particularidade qualquer naquele dia da semana, mas isso ficou-me na memória, o que sempre achei curioso.
No dia e hora combinados, lá fomos para um lugar que sabíamos ser mais sossegado na escola, e a verdade é que enquanto lá estivemos, que também não foi muito tempo, não passou ninguém.
E assim foi. Chegámos e eu agarrei-me a ela contra a parede do pavilhão, naquele recanto exterior da escola, preparando-me para fazer algo de que certamente me lembrarei para o resto da vida. Não foi um beijo muito longo, foram cerca de três beijos de média duração, onde aproveitei para encostar bem o meu corpo no dela e também sentir os seus seios que eram daqueles atributos interessantes dela, e que me interessavam particularmente.
Lembro-me de ter sido bem interessante, provar aquela boca quente, aqueles lábios carnudos. Ela beijava bem. Naquela altura obviamente que não tinha ponto de comparação, mas vim a perceber com o tempo que de todas as raparigas que beijei, ela era das que melhor beijava. E não, não foi só por aquele ter sido o primeiro beijo que fiquei com essa recordação. Apesar de ter sido o único desse nosso curto namoro, as nossas histórias amorosas voltaram a cruzar-se mais à frente no tempo, mas isso fica para outro post.
Sim, foi um curto namoro. Não tivemos mais oportunidades para beijos e passados cinco dias a Laura chegou à minha beira a dizer que tínhamos de terminar. Alguém supostamente tinha feito chegar uma carta à mãe dela a dizer que namorávamos e ela não podia arriscar. Nunca acreditei muito naquela história mas a desilusão passou relativamente rápido.
Um passo importante da minha vida tinha sido dado.
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